Núcleo de Coordenação: André Luis Oliveira, João Cesar Guirado (UEM) e Juanito P. Oliveira (SEED-PR)
Estimados participantes deste GT!
De acordo com Clímaco, Neves e Lima (2012), o PIBID pode ser identificado como um dos programas mais importantes já lançados no Brasil para a valorização da carreira docente. De fato, o referido programa tem promovido a articulação teoria-prática e a integração entre escolas e IES formadoras; incentivado o reconhecimento da relevância social da carreira docente; e contribuído para a formação dos educadores e para o desempenho das escolas públicas nas avaliações nacionais, buscando, assim, alcançar seus objetivos gerais.
Temos percebido também a influência do PIBID para a pós-graduação, tanto como espaço de pesquisa para o delineamento de dissertações e teses sobre a formação de professores, como lócus de discussões e reflexões sobre a docência, o que tem instigado nossos alunos bolsistas a procurarem programas de pós-graduação na área de ensino. Daí a importância de discutirmos neste GT: 1) Em que medida o PIBID tem contribuído para a Pós-graduação de licenciados? 2) A pesquisa no âmbito do PIBID tem promovido a interação entre a pós-graduação e a Educação Básica? 3) Para tanto, elegemos três pautas de discussões, a saber:
- O PIBID como estímulo para a pós-graduação na área de Ensino;
- O PIBID como espaço de pesquisa para a pós-graduação;
- Desafios da interação Pós-graduação e Educação Básica: possibilidades e limitações do PIBID.
Aguardamos contribuições!
REFERÊNCIA:
CLIMACO, J. C. T; NEVES, C.M.C; LIMA, B.F.Z. Ações da Capes para a formação e a valorização dos professores da educação básica do Brasil e sua interação com a pós-graduação. Revista Brasileira de Pós-Graduação. Brasília, v.9, n.16, p.181-209, abril de 2012.
Caros colegas,
ResponderExcluirNo Setor de Ciências Humanas da UFPR, estamos organizando um grupo de pessoas para tocar o projeto de um mestrado para professores de ciências humanas. Por enquanto, participam do projeto professores das áreas de Sociologia, Filosofia e História. No dia 22 de abril, realizamos um seminário intitulado "Contribuições para um projeto de mestrado profissional", que teve como principal convidado o Prof. Marco Antonio Moreira da UFRGS, que está coordenando do Mestrado Profissional Nacional na área de Física (PROF-Fis).
Transcrevo abaixo (no próximo comentário) a carta-convite para esse seminário, que contém algumas idéias que poderão ser objeto de discussão neste GT. Também indico-lhes um vídeo com parte dessa discussão que está disponível em http://youtu.be/D1Hzbv9aOSU
Grande abraço,
Eduardo Barra
PIBID/UFPR
Seminário "Contribuições para um projeto de mestrado profissional
ResponderExcluirintersetorial para professores da educação básica da área de ciências
humanas"
Dia 22 de abril, às 14h00,
Anfiteatro 1100, Ed. D. Pedro I, Reitoria da UFPR
As políticas públicas para a pós-graduação atravessam um período de
mudanças. Talvez a mais significativa delas – por isso, talvez também a
mais polêmica – foi consolidada com a criação na CAPES de uma diretoria
voltada à educação básica, a DEB. Através dessa diretoria, a CAPES
incumbiu-se também do financiamento e fomento de políticas de formação
de profissionais para a educação básica. É notório nesse movimento uma
tentativa de repetir nesse segmento o mesmo êxito alcançado pela CAPES
nas últimas décadas no estímulo à formação de pesquisadores e
professores de alto nível acadêmico para o ensino superior.
Esse fato renovou as oportunidades para que uma parcela mais ampla da
pós-graduação brasileira pudesse juntar-se aos esforços daqueles que, ex
oficio, dedicaram-se tradicionalmente a esse tema, nos programas de
pós-graduação de educação e ensino de ciência. Em contrapartida, esses
programas tradicionais também foram fortemente impactados pelas novas
políticas da CAPES. Vide, por exemplo, as recentes redefinições da área
46 da CAPES, inicialmente dedicada apenas ao ensino de ciências e
matemática, e a expansão dos mestrados profissionais na área de
educação.
Os primeiros sinais dessas mudanças e dos seus impactos tornam-se agora
visíveis também no Setor de Ciências Humanas da UFPR. Por iniciativa da
direção do Setor, estuda-se a constituição de um curso de mestrado
profissional voltado a professores da área de ciências humanas.
De saída, não se espera que a possibilidade e a relevância de tal
programa de pós-graduação sejam evidenciadas recorrendo apenas a
truísmos relativos à urgência em atender a demandas sociais e
educacionais às quais a universidade não pode virar as costas. Nessa
matéria, não se pode mobilizar motivos demagógicos às expensas da real e
suprema função social da universidade, que outra não seria que a
produção e a disseminação de conhecimento.
Ao contrário disso, acredita-se que há um real interesse acadêmico na
estruturação de um programa de pós-graduação que encare as ditas
“ciências humanas” como algo mais que um somatório de disciplinas
escolares e universitárias justapostas. Um programa de mestrado na área
de ciências humanas poderá ter como problema estruturante justamente a
análise exaustiva do desiderato da interdisciplinaridade nesse segmento
das ciências. Mas essa análise, cujo valor intrínseco é inquestionável,
deve ser valorizada também por seus desdobramentos. Pensa-se, em
particular, na sua repercussão em práticas pedagógicas efetivas nas
escolas de educação básica, fruto da convergência de esforços de
pesquisadores universitários e professores em atividade na sala de
aula.
O mesmo diagnóstico sobre o desafio posto por uma política educacional
estruturada sob a égide das “ciências humanas” encontra-se nos PCN+, que
traça uma agenda para o seu enfrentamento nos seguintes termos:
“Primeiro, é preciso encontrar os pontos de contato reais entre as
disciplinas da área. Em seguida, a partir desses pontos, é preciso
estabelecer as pontes e o trânsito entre as disciplinas, que nem sempre
interligarão da mesma forma todas essas disciplinas. Finalmente, é
preciso identificar, analisar e desfazer falsas semelhanças, traduzir
linguagens diferentes usadas para o mesmo objeto ou distinguir
linguagens iguais usadas para identificar conceitos diferentes. Em suma,
há que se compreender e trabalhar convergências e divergências, reais ou
aparentes, determinar e desenvolver temáticas e métodos comuns e, com
esse conhecimento, preparar o trabalho de cada disciplina e de seu
conjunto.” (PCN+ Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias,
2002, pp. 18-19)
(cont.)
(cont.)
ResponderExcluirMovida pela oportunidade oferecida pelas novas políticas para
pós-graduação e os desafios conceituais e pedagógicos acima descritos, a
direção do Setor de Ciências Humanas, com o apoio dos professores
Eduardo Barra (Filosofia) e Alexandro Trindade (Ciências Sociais), ambos
participantes do PIBID – um programa mantido pela DEB/CAPES –, programou
uma primeira reunião visando a estruturação da proposta de mestrado
profissional supramencionada, de caráter interdisciplinar e
intersetorial.
Essa reunião terá a participação dos professores Marco Antonio Moreira,
do Instituto de Física da UFRGS e coordenador acadêmico do Prof-Física
(SBF/CAPES), Marília Andrade Torales, coordenadora do Mestrado
Profissional em Educação - Teoria e Prática de Ensino (UFPR), e Fabiana
Gonçalves e Silva, coordenadora do Programa de Pós Graduação em Formação
Educacional, Científica e Tecnológica (UTFPR)
Todos estão convidados. Mas um convite especial é feito aos professores
do Setor de Ciências Humanas e de todos os demais setores da UFPR, que
possuam interesse em futuramente atuar nesse curso, compondo o seu corpo
docente.
Professor Eduardo, acredito que este tema: "Pós Graduação para Licenciado" será bastante produtivo e dará uma boa discussão. Realmente é uma necessidade pensarmos na continuidade da formação acadêmica nos cursos de licenciatura. Essa inciativa é muito oportuna. A proposta do mestrado Profissional é muito boa.
ExcluirJuan Oliveira
Olá Professores Eduardo e Juan!
ExcluirConcordamos com a necessidade de também discutirmos a importância dos Mestrados Profissionais para a formação continuada de professores da Educação Básica, bem como para os egressos do PIBID, foco principal do nosso GT. Além disso, podemos ampliar nossas reflexões sobre os demais programas de pós-graduação, que têm acolhido ex-pibidianos e mapear no Estado do Paraná, como o Pibid tem motivado o ingresso de ex-bolsistas na pós-graduação em ensino, bem como tem se configurado como espaço de pesquisa para àqueles que já se encontram realizando a pós-graduação. Para isso, gostaríamos que os participantes deste GT nos informasse acerca do quantitativo de ex-pibidianos que realizaram e/ou se encontram em Programas de Pós-Graduação (lato, profissional ou stricto sensu), especificando se o bolsista foi supervisor ou acadêmico.
Aguardamos sugestões.
Abraços!
João Cesar e André